Pensar pensamentos com as crianças do Grupo I implica permitir que um processo emerja e aconteça sem a necessidade de apresentar, ao seu final, um fechamento concreto. Diferentemente disso, o avanço na filosofia com as crianças dessa idade consiste nos questionamentos e nos novos levantamentos que aparecem como fruto da investigação e da curiosidade, e que deve ser tomado como um processo tão rico ou mais do que aquele em que a conclusão coloca um ponto final a um pensamento.
O filósofo
Aos pais das crianças dos grupos I e II
Amigos pais,
Pelo terceiro ano consecutivo, daremos continuidade ao projeto “Pensando pensamentos”. Este projeto consiste na realização de oficinas de filosofia com as crianças do grupo I e II, conduzidas pelos educadores e supervisionadas por mim, Adriana e Letícia. As oficinas têm como objetivo realizar atividades lúdicas que respeitem as especificidades cognitivas e discursivas das crianças e que promovam experiências de pensamento filosófico.
As crianças gostam de pensar e queremos que este exercício se torne um hábito sempre mais prazeroso e fértil. Com a oficina pretendemos disponibilizar mais um espaço para estimular nossos pequenos filósofos a investigarem, refletirem e dialogarem sobre suas experiências cotidianas, valorizando uma disponibilidade investigativa que nós adultos muitas vezes perdemos, já que, freqüentemente, acomodamos nosso pensamento à forma como as coisas estão estabelecidas. Principalmente hoje, quando nossa cultura valoriza e estimula posturas mais práticas e menos especulativas: eficácia, busca de resultados, competência, refém de um imediatismo e um pragmatismo que tendem a ser muito empobrecedores do ponto de vista do entendimento das coisas, da compreensão de nossas ações e escolha de nossos projetos.
A partir da mediação dos educadores, a oficina de filosofia pretende ser um momento em que as crianças possam ´pensar filosoficamente´, de forma cooperativa, dialógica e democrática, e não aprender ´lições de filosofia’ ou de ‘história da filosofia’. Queremos ‘filosofar com as crianças’, pensar juntamente com elas, refletido sobre alguns problemas e conceitos que precisam continuamente ser questionados, analisados e re-significados. O ganho pode ser sutil, mas é rico em implicações: a capacidade de questionar, de não aceitar respostas fáceis, de pensar de forma multifacetada, de problematizar, de lidar com as diferenças, de aceitar o outro, pensar e agir de forma refletida, criativa, autônoma, livre, flexível, posturas estas que, acreditamos, refletirão positivamente ao longo de toda a educação.
Espero que vocês compartilhem do nosso entusiasmo!
Abraços,
Luciana Almeida
Pensando no Grupo I...
Pensar pensamentos com as crianças do Grupo I implica permitir que um processo emerja e aconteça sem a necessidade de apresentar, ao seu final, um fechamento concreto. Diferentemente disso, o avanço na filosofia com as crianças dessa idade consiste nos questionamentos e nos novos levantamentos que aparecem como fruto da investigação e da curiosidade, e que deve ser tomado como um processo tão rico ou mais do que aquele em que a conclusão coloca um ponto final a um pensamento.